14.8.08

Como uma merda no mar

Ontem fui ao banco, não porque eu sou masoquista e gosto de fila, mas porque queria dar um destino mais seguro - e rentável - ao meu pobre dinheirinho. Ao chegar, surpresa!, o coitado encolheu vertiginosamente... É, andei torrando mês passado, justamente quando saí do estágio. Agora é me preparar para a guerra contra a sociedade do consumo e economizar no almoço pra ter o jantar.

Nunca imaginei esses dias.
A ex-uma-das-melhores-do-colégio-aluna-modelo-de-média-acima-de-9 era protegida por uma armadurra de competência feita de cristal que começou a se rasgar em 2004, ao adentrar a Universidade. Era uma armadura bonita, que dava a sensação de segurança e sucesso eternos, mas que se mostrou comum e fora de moda, frente aos milhares de modelos usados pelas pessoas da faculdade. Três estágios, pouca expectativa e muito pouco dinheiro depois, o que existe agora é um uniforme cinzento de realidade cruel, que impede Mariana de ter o mundo em suas mãos, já que não tem um começo tão promissor quanto o das amigas, bem empregadas e confortáveis com o dinheiro vosso de cada mês.

A realidade é monótona, me enterra e não me deixa fazer nada. Preciso resolver minha vida e arrumar dinheiro para começar a ser o que sempre quis. Porém, desde 2004, parece que algo não me deixa cumprir o futuro anunciado de uma pessoa talentosa (dizem). Lágrimas não ajudam nesse caso, anestesia não adianta. Posso ter tomado um puta dum tombo e ainda estar me revirando no chão, mas esse, definitivamente, não é meu lugar.

Levanta e anda.

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